Terceiro Encontro
Em todos os tempos, o pecado que mais clama aos olhos de Deus é a exploração dos mais pobres, a opressão dos indefesos. Assim Deus falou a Moisés:
“Eu ouvi o clamor do meu povo e desci para libertá-lo”.
Bento XVI escreve: “ Desde sempre a Igreja defende que não se há de considerar o agir econômico como antissocial. O comércio não é, nem se deve tornar, o lugar da prepotência do forte sobre o fraco. A sociedade não tem que se proteger do mercado, como se o desenvolvimento deste implicasse por si mesmo a morte das relações autenticamente humanas”.
As desigualdades nascem da exploração sobre os mais indefesos.
Se olharmos uns pelos outros, criando condições de escola, trabalho e saúde para todos, nossa sociedade poderá viver em mais harmonia, segurança e paz.
Quem explora os oprimidos machuca o coração de Deus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (12,38-40)
38.Ele lhes dizia em sua doutrina: Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas,
39. de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos banquetes.
40.Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas orações. Estes terão um juízo mais rigoroso.
Reflexão
Vivemos num país cristão. Mesmo quem não é católico afirma acreditar em Jesus e, portanto, no Evangelho. Por que será que ainda existem tantas injustiças, tanta exploração dos mais pobres e corrupção?
O que Jesus denunciou no Evangelho que ouvimos pode ainda acontecer entre nós.
O verdadeiro cristão precisa ser corajoso para denunciar as injustiças e generoso para estender a mão a quem necessita. Pois, “Não são aqueles que dizem Senhor, Senhor, que entrarão no céu, mas aqueles que fazem a vontade de Deus”.
A justiça e a caridade nos levam a defender os oprimidos.
O Papa Bento XVI nos diz: “ Hoje, podemos dizer que a vida econômica deve ser entendida como uma realidade com várias dimensões: em todas deve estar presente, embora em medida diversa e com modalidades específicas, o aspecto da reciprocidade fraterna. Na época da globalização, a atividade econômica não pode prescindir da gratuidade, que difunde e alimenta a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum em seus diversos sujeitos e atores”.
Jesus nos disse: “Amparai o pobre e a viúva”, socorrei os necessitados.
Os ricos, considerados poderosos neste mundo, encontram muitas pessoas que defendem os seus interesses. Mas, os oprimidos e empobrecidos, que não têm nada a nos dar em recompensa, precisam ser defendidos unicamente por amor a Cristo que habita os seus corações.
A justiça em favor dos mais oprimidos é fruto da solidariedade.
Se, no passado, era possível pensar que havia necessidade primeira de procurar a justiça e que a gratuidade intervinha depois como um complemento, hoje é preciso afirmar que, sem a gratuidade, não se consegue sequer realizar a justiça.
O amor de Deus nos leva a reconhecer Cristo na pessoa dos necessitados e nos move a ir a seu a seu auxílio.
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