terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer;

Isaías 11, 1-10

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Naquele dia, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; 2sobre ele repousará o Espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor, encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão juntos, e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos, e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha com o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte: a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto às águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.



A liberdade de optar pelo melhor

A liberdade de arbítrio é uma faculdade que Deus concebeu ao homem

Costuma-se definir a liberdade como a capacidade de tomar posições espontâneas diante do bem e do mal, sem ser arrastado à força para um nem para outro. Embora sempre tenha sido considerada pelo homem como um valor muito precioso, o mundo pré-cristão via a liberdade como privilégio de alguns. Mas o Cristianismo universalizou a idéia de liberdade, tanto que Sã Paulo disse que todo homem é chamado por Deus a ser livre (cf. Gál. 5,1).

Assim, enquanto o pensamento ateu considera a religião como um ataque à liberdade, sabemos que, historicamente, a verdadeira ideia de liberdade tem influência cristã, tornando-a inseparável da própria fé, porque só o homem livre é capaz de escutar a Deus. No entanto, é preciso que o homem se abra para conhecer o verdadeiro sentido de liberdade, o qual tem estado sujeito a más interpretações de sua parte.

Sabemos que o livre-arbítrio consiste na capacidade que o homem tem de se autodeterminar, de contribuir com a sua própria história, tornando-se, de certa forma, responsável pelo próprio destino. Por ela, o homem pode decidir diante de todos os apelos que encontra no caminho de sua existência e escolher, baseado no seu conhecimento e vontade, assumindo a responsabilidade de suas decisões, entre o bem e o mal.

A liberdade de arbítrio é uma faculdade que Deus concebeu ao homem, como participação na Sua própria liberdade, a fim de que este pratique o bem voluntariamente e não como autômato. Deus é livre para me convidar e até para me conduzir, e eu sou livre para aceitar, uma vez que minha liberdade de resposta encontra sua fonte na liberdade que o Senhor teve de me escolher. Mas não podemos nos esquecer de que Deus é o Criador, conhecedor de minhas necessidades muito mais do que eu mesmo, e de que eu sou uma criatura, limitada no meu modo de ver e julgar. Sobretudo, não podemos nos esquecer de que a capacidade de optar nos foi dada por Ele para o nosso próprio crescimento e para o crescimento da comunidade humana e não para a nossa destruição ou para a destruição do outro.

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