quinta-feira, 12 de novembro de 2009

24 Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia.


Lucas 17,20-25

Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”.
22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.



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Mais íntimo do que o “eu”

Em coisas evidentes nós temos certeza absoluta

O Deus inefável realiza o ser humano. Não realiza da mesma forma o animal, porque nele nada existe que possa perceber o transcendental. Eis o motivo pelo qual os animais não são religiosos. Até a cabeça deles (voltada para baixo) indica que suas ocupações são terrestres. Mas o “homo sapiens” percebe o Ser por excelência. Seu conhecimento é a partir da inteligência. “Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós” (Tg 4,8). Sua cabeça é ereta (aberta para as coisas do alto). Nesta situação terrestre, a inteligência é a única forma normal de conhecer o Criador. Mas não é um conhecimento evidente, como percebemos, sem sombra de dúvidas, que o boi anda e a andorinha voa. Quando nos voltamos a Deus, a par de nossas certezas, sempre sobra alguma coisa mal explicada, alguma dúvida. Caso contrário, acabaria a fé. Em coisas evidentes nós temos certeza absoluta. Não podemos depositar fé. Só podemos crer, por um ato livre de vontade, em coisas ou pessoas que não conhecemos pela evidência dos sentidos.

Um prócer da literatura mundial, português, com enorme desdém, exclama que Deus só existe na cabeça das pessoas. Ainda bem que nos sentimos honrados com isso. Pois a nossa fé no Eterno, realmente provém da iluminação da inteligência. Agora, o ateísmo vem do coração (das paixões, da rebeldia). A descrença não vem de argumentos da inteligência. Os enganadores argumentos contra o Ser Supremo são uma ginástica posterior à decisão de não querer crer. O reconhecimento do único ser necessário, como todos podem sentir, se enquadra perfeitamente na nossa psicologia. Ele é o convexo que se encaixa no nosso côncavo. Encontra-se no centro do nosso “eu”. É a resposta para nossos anseios mais profundos. “Por ti, ó Deus, suspira a minha alma” (Sl 42, 1). Mesmo a organização social, para não ser um tortura de erros, deve derivar dos princípios do Autor de nossa natureza. A humanidade tem o direito de elaborar as leis sociais, de organizar a justiça da boa convivência. Ela tem o dever de descobrir o sentido da nossa existência. Mas seu coração não deve perder, por um momento, a sintonia com o Criador, que sabe para que finalidade nos criou. Caso contrário daremos “magni passus, sed extra viam”. Executaremos largos passos, mas fora do caminho.

Dom Aloisio Roque Oppermann

Humano Amor De Deus

Pe Fábio de Melo


Tens o dom de ver estradas

Onde eu vejo o fim

Me convences quando falas

Não é bem assim

Se me esqueço, me recordas

Se não sei, me ensinas

E se perco a direção

Vens me encontrar.


Tens o dom de ouvir segredos

Mesmo se me calo

E se falo me escutas

Queres compreender

Se pela força da distância

Tu te ausentas

Pelo poder que há na saudade

Voltarás.


Quando a solidão doeu em mim

Quando meu passado não passou por mim

Quando eu não soube compreender a vida

Tu vieste compreender por mim.


Quando os meus olhos não podiam ver

Tua mão segura me ajudou a andar

Quando eu não tinha mais amor no peito

Teu amor me ajudou a amar.


Quando o meu sonho vi desmoronar

Me trouxeste outros pra recomeçar

Quando me esqueci que era alguém na vida

Teu amor veio me relembrar.


Que Deus me ama, que não estou só

Que Deus cuida de mim

Quando fala pela tua voz

Que me diz: Coragem .

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